Brasil: Reforma da Previdência apresenta "momento" favorável...

Os ativos de risco estão operando próximos a estabilidade esta manhã. Destaque para o lançamento do futuro de Bitcoin na CME, que levou a uma forte alta do ativo em suas primeiras horas de negociação. Na Nova Zelândia, a nomeação de um novo “Governor” para o Banco Central do país foi bem recebido pelo mercado, levando a uma alta superior a 1% no NZD, a moeda do país. A agenda externa será relativamente esvaziada hoje, mas a semana nos resera a divulgação do Core CPI e a decisão do Fed na quarta-feira.

Na China, os dados de inflação, o CPI e o PPI, ficara abaixo das expectativas do mercado em novembro. Os números não alteram de forma significativa o cenário econômico para o país. Comentei um pouco mais sobre este cenário no final da semana passada aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com.br/2017/12/update.html.

No Brasil, o “momento” em torno da Reforma da Previdência continua positivo, como discorri ontem (https://mercadosglobais.blogspot.com.br/2017/12/brasil-fluxo-de-noticias-mais-positivas.html). Interessante mostrar uma pesquisa realizada pelo Ibope a pedido do Planalto, e divulgada hoje pelo Correio Braziliense:




Embora a maioria da população entenda que, se a reforma da Previdência emplacar, o país terá mais recursos para investir em saúde, educação e segurança pública, falta convencê-la da necessidade de se instituir uma idade mínima para aposentadoria e explicar a regra de transição para se chegar à exigência de 62 anos, para mulheres, e de 65, para homens. É o que mostra a pesquisa de opinião pública encomendada pela Presidência da República ao Ibope, à qual o Correio teve acesso. Com a nova investida nas propagandas e os recentes cortes na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 287, a aprovação à reforma subiu de 18% para 26% nos últimos dias. A rejeição caiu de 46%, no início de novembro, para 30%, no fim do mês. No mesmo período, os indecisos foram de 33% para 42%, uma margem grande para angariar apoio.

Ainda de acordo com o levantamento, 67% dos brasileiros concordam que servidores públicos e trabalhadores da iniciativa privada tenham as mesmas regras para se aposentar, e 55% são favoráveis à reforma acabar com privilégios de algumas categorias. Os números levam a duas principais conclusões: as propagandas têm gerado efeitos positivos para o governo e o discurso de equiparação de regras tem funcionado. O que as pessoas ainda não aceitam bem é a idade mínima, que, com a regra de transição proposta, aumentará aos poucos: 66% dos entrevistados dizem não concordar com esse dispositivo. Uma das maiores preocupações dos trabalhadores ainda é que as novas regras comecem a valer de imediato e ataquem direitos adquiridos.

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